A Origem da Capitania de Minas Gerais


A corrida do ouro começou, de fato, em 1698 quando Antônio Dias de Oliveira descobriu as minas de Ouro Preto. Este fato fez com que muitos garimpeiros e portugueses fossem para aquela região. Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado, uma vez que este, estava nas terras em que viviam.
Entretanto, os adversdários, chamados emboabas (Emboabas significa em Tupi “Pássaro de Pés Emplumados”, e é uma ironia aos forasteiros que usavam botas; enquanto que os paulistas, andavam descalços), pensavam diferentemente e formaram suas próprias comunidades, mas dentro da região que já era habitada pelos paulistas. Os paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba Gato; já o líder dos emboabas era o português Manuel Nunes Viana. Dentro desta rivalidade ocorreriam muitas situações que abalariam consideravelmente as relações entre os dois grupos. A situação dos paulistas pioraria ainda mais quando estes foram atacados em Sabará. Após seu sucesso no ataque contra os paulistas, Nunes Viana seria o responsável por um massacre que ficou conhecido como capão da traição, onde os paulistas seriam chacinados após uma promessa não cumprida de rendição. Os paulistas, desta vez sob liderança de Amador Bueno da Veiga, formaram um exército que tinha como objetivo vingar o massacre de Capão da Traição. Esta nova batalha durou uma semana.



Como conseqüência dessa guerra, A Coroa Portuguesa criou em 1709 a capitania de São Paulo e Minas de Ouro (ex-capitania de São Vicente, agora rebatizada). Em 1720, a capitania das Minas Gerais seria separada de São Paulo, formando então duas capitanias distintas: a de São Paulo e a de Minas Gerais. A Capitania Real de São Paulo passou a ter esse nome em 2 de dezembro de 1720, quando D. João V criou a Capitania de Minas Gerais, a partir da cisão da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, que fora criada em 1709, com a compra, pela coroa portuguesa, da Capitania de São Vicente, adquirida ao Marquês de Cascais. O território das Minas Gerais, (excetuados o Triângulo Mineiro e a Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas), passou a formar, então, a nova Capitania Real de Minas Gerais. A divisa de Minas Gerais com São Paulo, em 1720, ficou sendo Rio Sapucaí (Minas Gerais), o Rio Grande (Minas Gerais) e deste subindo a Serra da Canastra até o Rio Paranaíba. Permaneceram, por mais algumas décadas, após 1720, como parte da Capitania de São Paulo, os territórios correspondentes aos atuais estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Distrito Federal (Brasil), Goiás e Tocantins, e o atual sul de Minas Gerais, o atual Triângulo Mineiro, parte do atual Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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