Boletim 8 de Março de 2011

Dizia aos amigos que, à tarde, quando o Adriano foi até a casa do Mario buscar a Joyce e a Luiza, foi aproveitando a deixa da presença do dr. Ênio que havia adentrado ao quarto. Muito simpático e tratável, o dr. Ênio. Cumprimentou a todos e dirigiu-se ao Mario. Saímos e eu fiquei com o Thomaz na ante sala dos quartos, confortabilíssima, com poltronas, temperatura e aroma de saúde. Silêncio de felicidade.
Conversamos sobre topografia, teodolito, diferença de nível e agrimensura, ao que ele se mostrou interessado e atento, uma vez que fora ele quem puxara o assunto que durou uns 15 minutos.
Depois que o dr. Ênio saiu adentramos ao quarto e o Thomaz pegou o violão, naturalmente, dedilhando algumas notas.
Mário sorveu um suco e comeu uma pêra, observando o Thomaz, sorrindo às vezes.
Depois peguei o violão e fiz uma do Mozart, bem popular, e o Mario atento. Em pouco me sugeriu uma nota que caiu como uma luva. Sorrimos.
--- Mário, tire uma foto nossa. Quero mostrar aos amigos pra que ele tenham uma noção do seu quarto.
Ele tirou umas quatro e depois foi ao banheiro, deixando a porta entreaberta. Acordes e harmonia foi o assunto.
Quando o Renato (enfermeiro) chegou pra fazer a troca do tubinho de plasma, continuamos conversando e eu tocando os pés do Mario com as duas mãos, mexendo nos dedos dele cobertos por uma meia branca, dessas do tipo de usar com tênis. Eu chacoalhava um pouquinho e ele respondia com um movimento delicado.
É assim a troca de carinho entre os animais.
O Renato falava sobre funções hepáticas e nós três atentos, com o Thomaz já familiarizado com o fato de que todas as proteínas e demais alimentos são metabolizados pelo fígado.
Joyce e Luiza chegaram. Lá fora a chuvinha rala não me intimidou em pegar o caminho da roça trazendo lembranças do Mario a todos vocês.
Escrevo agora com uma camiseta branca que a Rosana Zaidam me emprestou.
Até a próxima e uma ótima segunda feira a todos.
Zé Marcio.